Isso vai parecer um pouco chocante para alguns, revoltante para outros, mas na verdade o chamado Guru ou Ac´arya É REALMENTE INDISPENSAVEL? Não seria a sua necessidade um dogma indiano que evoluiu e sobreviveu até os dias de hoje?
Vou pedir aqueles que se indigniram ante tal afirmação que primeiro antes de julgar algo é preciso primeiro conhecer os fatos, neste caso não os fatos, mas a história de onde tudo começou.
Primeiramente vou dizer que a necessidade de tal guru ou ac´arya é relativo ao individuo, não é uma regra ferrenta,a tal necessidade, como toda regra tem excesão essa não é diferente.
Agora vamos ao passado;
A importancia do mestre espiritual ou guru era uma caracteristicamarcante em toda cultura indiana, ela ficou mais intensificada no tantra indiano e no budismo, sua existencia vai além do tempo dos Vedas e sobreviveu até os dias atuais.
A razão da importancia do guru deve-se ao fato que as tradições indianas sempre deram precendencia a tradição oral?verbal do que a versão escrita, de escritos espirituais.
A revelação Vedica não é uma escritura. Ela é chamada S´ruti ou aquilo que é ouvido e passado por palavras vocalicas. A maioria dos ensinamentos antigos eram memorizados, a escrita não existia (pelo menos naquela região).
Isso foi uma caracteristica marcante no tantra, os ensinamentos não eram somente orais, mas o candidato era escolido a dedo, as vezes tendo que passar por varios testes e ordálias até ser aceito pelo mestre, agora devemos analisar que o mundo naquele tempo e o mundo que vivemos hoje é muito diferente.
Ele nasceu na India um lugar cheio de tradições, então a dita tradição de trasmissão por guru transformou-se numa tradição, e consequentemente um dogma.
Ainda há outro fator para a defesa de tal argumento.
Nas escrituras tantricas foram escritas Gurumukhad eva ou seja a verdade libertadora só é dada da boca de um guru. Os gurus também eram tidos como manifestações divinas (e afinal não somos todos nós) e isso na minha opinião foi um argumento usado para manipular as massas, da mesma forma que o principio Brahmacharya que foi distorcido pela classe sacerdotal para impor medo e comando (para aqueles que não sabem brahmacharya é traduzido como continencia sexual ou celibato, mas o sentido verdadeiro da palavra não é este, mas ver tudo como uma manifestação de brahman).
Acho engraçado quando vejo alguns gurus indianos vindo para o ocidente falar sobre assuntos como yoga, tantra etc, e muitas vezes tirando o seu exótico sotaque de inglês sabem bem menos que os brasileiros (aqui me refiro aos estudiosos) resumindo eles pelo menos para mim são uma tremenda decepção, acham que detem o monopólo da espiritualidade, quão ingenuos.
Nada como o conhecimento adquirido pela experiencia.
Agora que já leu tire sua conclusão, Você precisa de um Guru?
Fico com a opinião de Tainmi que diz que nos estágios iniciais um preceptor é necessario, da mesma forma que quando crianças e ingenuos necessitamos do cuidados dos pais, mas nos estágios mais avançados, somos guiados por nosso guru interno, que é uno com o jagat guru, o guru do universo.
Anandamurtii uma vez disse, só há um guru, seu nome é Brahma.
Gabriel
hola gabriel, how u doing , ijust saw your weblog, didnt know that u are intrested in tantra , i joined the tantric cource in rishikesh the last time i been in india , it was amazing , i love to learn more about that,i will join another course of that tn thailand as soon as i can , may all being live happily in pace and love ,adios, neda www.nedarain.persianblog.ir
ResponderExcluirOlá Gabriel Sadvipra !
ResponderExcluirConcordo com você, e com o que Anandamurtii disse: "Somente Brahma, e niguém mais, é o Guru." Entretanto, como você mesmo citou, um ou uma acharya - orientador(a) espiritual - em geral são importantes. Ouvi de uma história do primeiro "mestre" da linha do Yogananda, que teria recebido seu mantra pessoal (Ista Mantra) não de outra pessoa, mas supostamente através de algum tipo de microvita positivo. Mas esse tipo de ocorrência rara entendo que advém de um intenso desejo do aspirante espiritual. Como você disse, a regra tem exceções, mas para a grande maioria das pessoas, vale a regra.
Tem a história do Ramakrishna, que se iluminou ao receber iniciação de seu acharya tântrico, Totapuri. O próprio acharya não tinha chegado a essa realização espiritual do nirvikalpa samadhi, e parece que ficou meio indignado que o seu discípulo se iluminou antes dele. Isto exemplifica que um bom ou boa acharya não ensina um tipo de conhecimento ordinário ou supérfluo.
Há também algo que se diz, meio em tom de brincadeira, mas com um fundo de seriedade também, de que, na comparação entre Deus e o guru (guru aqui no sentido de acharya), se Deus ficar brabo com a gente, tudo bem, a gente ainda tem o guru (acharya). Mas se o guru ficar brabo com a gente, então como poderemos alcançar Deus ?
Então parece que este é o caso geral, e não a exceção. Mas a fonte última de todo e qualquer conhecimento e sabedoria, sabemos bem Quem é.
Namaskar !
Mahesh (Florianópolis)
Visitei seu blog, e deixo para você um abraço. É sempre bom ler o texto de um buscador que tem espírito critico.
ResponderExcluirContinue escrevendo.
Obrigado Carlos e Maresh por seus comentários, com certeza continuarei escrevendo.
ResponderExcluirNamaskar!